quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Anotação

...Na dificuldade de conviver consigo mesma, olha o horizonte e não pensa em nada, toma litros de café, lê, faz crochê ("cada um tem sua maneira de acalmar os nervos"), passa a tarde pensando no que fazer.
Dia ou outro sai para caminhar, andar sem rumo, seu olhar vagueia por um horizonte que quem a vê pode jurar "não está no corpo em que habita".
Seu coração não agüenta mais as injustiças do mundo, não sabe expressar.
Quando cansa de si tenta criar contato com outras pessoas, e riem, todos riem dela inclusive ela. Sempre que sai é para dar-se conta do ser-humano que é, e chegar sem pernas, braços e cabeça. Volta ao primeiro estágio. Outro dia lhe disseram que só o que importava era ter algo, se fez senhorita de negócios e foi aos trampos e barracos. (Lá fora: gargalhadas, olham-na de cima à baixo e exclamam: o que é isso?!). Já não acredita acredita em liberdade. Volta ao estágio inicial...

S.S.O

2 comentários:

Marcelo Prado disse...

Supondo que a quebra seja necessário, para que haja uma ruptura desses rótulos. Gostei muito do títuloo. Bom algo muito direto não inflige certas, mas algo (indefeso) sim, acredito que em determinados momentos isto funcione. Quero sim colocar mais imagens, é que estou sem tempo para poder me dedicar da forma que realmente precise. O seu está beloo como tudo que tu faz...

Marcelo Prado disse...

Até quando voltaremos e manteremos-nos nesse primeio estágio...é tão estranho, complicado...o que se pensa é o que não pensa.